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5.13.2019

Primeiro dia de natação para as três!

Sentia, já há algum tempo, que andava a protelar imenso. Primeiro porque não tinha vontade de cortar os nossos fins-de-semana a meio com aulas de natação. Depois porque não tinha tempo. Depois porque não tinha coragem, com as duas. Acabou-se a preguiça. 

Começaram hoje nas aulas de natação: a Luísa teve a experiência de ir para a aula dos 3 anos. Eu costumo ser uma despachada nestas coisas, porque quero que elas também o sejam, mas confesso que o meu coração andou ali um bocado apertado. Correu bem! Só houve um momento em que me deixou de responder com um sinal de fixe com o polegar e abanou a cabeça a dizer "não". Tinha engolido água. Aí levantei-me e fui lá dizer-lhe que foi só um pirolito e que não precisava de ter medo. Não teve mais, acho. 

A Isabel esteve na boa. Fez uma cambalhota na água, andou ali a saltitar, adorou, mesmo com uma água a entrar pelo nariz. Claro que uma das razões para estar tão entusiasmada foi ter por ali a Irene! A Gama ia só espreitar a aula, mas acabou por inscrever também a filha e foi uma maravilha: as 3 juntas!




Vá, temos de confessar que o corre-corre no balneário é cansativo, mas lá nos dividimos: a Joana ficou a tomar conta da Luísa, que já tinha tomado banho por sair mais cedo da aula, e eu dei às outras duas. Graças a Deus que é "verão" e que não temos de nos preocupar muito caso se molhem, se vão com o cabelo molhado para a rua, e que só temos uma peça de roupa leve para lhes vestir. Facilita tudo MUITO.

Só falta decidir se naquela meia hora (da Luísa; 45 minutos da Isabel e da Irene), eu vou aproveitar para ir nadar um bocadinho ou se fico só ali na sauna a orgulhar-me de cada mergulho delas e a sofrer com cada pirolito... :)


Os vossos? Já estão? Quando pensar inscrevê-los?

JÁ ESTÁ! Já posso entrar outra vez na lista para melhor mãe do mundo e viver com um bocadinho menos de culpa ahahahah




5.12.2019

10 anos de relação: qual o segredo?

Vocês perguntaram e eu respondi a (quase) tudo. Quase tudo porque falar de sexo não é incrível - falar sobre, não o sexo em si - quando há mais pessoas envolvidas (uma, o David) e seria chatinho Portugal ficar a saber de todos os pormenores da nossa vida íntima. 



Mas abri-me (isto agora neste contexto enfim...) e falei de tudo o resto:

Discutimos muito? 
Qual a diferença entre amor e paixão? 
E os ciúmes? 
Qual o segredo para 10 anos de relação? 

Vejam, subscrevam o canal do youtube para não perderem nenhum vídeo, façam like se gostarem, comentem, digam coisas!






Muitos emojis de coração para a maquilhadora Patrícia Marques que nos deixa sempre lindonas <3 Acreditam que ela maquilhou os Backstreet Boys? Estamos a um passinho deles!!! ahah



5.07.2019

Calma, todos fazem birras!

Ontem estive a falar com uma leitora que me pedia conselhos e que desabafava comigo sobre o facto do filhote dela ter sido um santinho até ter soltado a franga, agora com 22 meses, e de ser uma carga dos trabalhos para vestir, para comer, para tudo basicamente. Que cerra os punhos e que deita a casa abaixo (daqueles espectáculos que nós jurámos que "filho nosso não fará!". E, ainda, sobre a pressão dos outros sobre o facto de ele não comer e ser pequenino.

Ora bem. Tenho uma coisa a dizer: não estão sozinhas. Eu não tenho o hábito de partilhar imagens de birras delas e/ou quando estão a zangar-se uma com a outra ou a bater-se, por respeito pelo momento delas e por elas, mas, apesar de não partilhar, não quer dizer que não as façam. 


Tanto a Isabel como a Luísa tiveram fases "terríveis" (mas normais, acho) para se vestirem. Para saírem do banho. Para irem para a cadeira/ovo no carro: ui o que cada uma estrebuchava, parecia o exorcista! Se calhar fala-se pouco sobre isto, mas não, o vosso filho não está avariado! É normal. Para comer então, ui, super comum. Lembro-me de desabafar por aqui o facto da Isabel ser uma pisca a comer e, de repente, ter centenas de pessoas que partilhavam da mesma frustração. Felizmente tive uma pediatra que sempre desvalorizou e que sempre me acalmou relativamente ao crescimento dela. Percebi, até hoje, que ela é de pouco alimento (felizmente diversifica bastante e gosta - ainda, que eles têm fases - de coisas que eu diria serem improváveis). É dela. E eu respeito-a. Só não a deixo comer outras coisas depois. No outro dia, disse-me que tinha fome antes de ir dormir e eu fui aquecer o prato do jantar e ela comeu, sem protestos alguns (mas outras soluções que funcionem e achem bem serão válidas, digo eu). Obrigar a comer não é bem a minha onda. Negoceio um bocadinho (nem sempre), mas nada que me pareça intrusivo e invasivo. Tento não a comparar com a irmã (mas até isso já me escapou, sim, sim confesso: "olha para a tua irmã a comer tão bem". Mea culpa).

Soluções?

Estamos juntas nas birras, nas personalidades fortes, nos desafios diários e nas frustrações. Eu resolvo muitos dos "nãos" delas com cócegas e brincadeiras / jogos. 

Quando não se querem vestir (mais a filha de dois anos), invento jogos da máquina que faz pipipi quando o braço ou a perna passam. Ou digo as partes do corpo em inglês para ela repetir. Ou faço o jogo dos olhos fechados, em que ela tem de acertar nos buracos (nas mangas e pernas) com o corpo, sem ver. Parece demorar muito mas não, nada - nós é que acertamos. 

Claro que também explico que nos vamos atrasar e que vai perder alguma coisa na escola, mas raramente pega. E, como odeio gritar e stressar-me toda de manhã, opto pela brincadeira. Fiz o mesmo com a mais velha e hoje já não é preciso nada disto, graças a Deus. E não sinto que tenha perdido autoridade, sinceramente.

Para a saída do banho, depois de já ter avisado, digo que o monstro vai atacar. Ou conto até 5 e se ela não sair sozinha, tiro-a eu do banho, ao colo. Tem resultado que ela gosta de sentir que é ELA que está no comando e que sai sozinha. :) 

Para o carro também muito contorcionismo foi preciso, credo. Às vezes parecia que a estava a esfolar viva ao prendê-la no ovinho ou na cadeira. Já passou, felizmente. 

Passa. Vai passando. Outras coisas surgem, mas as outras melhoram. Não comem hoje, comem amanhã (com a Luísa não sofro disto que a miúda deve ter um buraco no estômago, de certeza, mas com a Isabel sei bem o que é...). E as birras? Tudo normal, a sério. Desgastam, mas temos de olhar para eles como seres em construção e que ainda não sabem resolver conflitos e gerir sentimentos. 

Agora, o que os outros nos dizem sobre os nosso filhos? A sério, caguem nisso.



5.06.2019

Fim-de-semana numa casinha de madeira!

Este fim-de-semana rumámos até ao Alentejo. Na sexta-feira não foram à escola (aproveitar enquanto não estão na escola primária) e fomos até Vila Nova de Milfontes (praia das Furnas, que maravilha). Estava um dia inacreditável para Maio e a água nem estava assim tão fria. Detalhe super importante: fomos com a minha mãe, só as quatro. Foi maravilhoso.

À tardinha, fomos até ao Zmar e de lá só saímos domingo à tarde. Havia programação especial para o fim-de-semana da Mãe, com mil actividades e foi uma animação, sem contar com a piscina exterior gigante, piscina interior com ondas, parque infantil enorme, todo de madeirinha, claro (o Zmar tem como conceito a sustentabilidade ambiental), as bicicletas para alugar, arvorismo para os mais crescidos, os carrinhos a pedais para a família toda ou os tractores em miniatura para eles pedalarem, o piquenique debaixo dos sobreiros, as tirolesas, a quinta pedagógica... há um sem-número de coisas para fazer e para explorar. Além de tudo isto, houve Yoga para crianças e Bebés, música para bebés, alimentação dos animais, caça ao tesouro e ainda palestras para as mães, um workshop com o Chakall, um espectáctulo fantástico com um artista malabarista e humorista, estão a ver a loucura de opções? :)






A Isabel disse no sábado que estava a ser o melhor dia de sempre e no domingo voltou a repetir a expressão (vejam aqui os stories). Dormimos imenso (eu cheguei às 11horas, imaginem) e o ambiente era todo muito zen, o pôr do sol deixa uma luz mágica no ar, aquelas casinhas de madeira, o lago e os burrinhos ali no meio das ervas criaram o fim-de-semana perfeito. Não temos de nos preocupar com nada. Esqueci-me de levar escovas de dentes e até isso há lá na mercearia, de bambu. O buffet é também bom, muito bom (comi uma açorda de camarão que estava daqui!), e apesar de bastante concorrido, tudo circulou rápido. Ai e as sobremesas? É tudo muito caseirinho, feito por alentejanos experientes, quase que aposto. Ah! E há ainda pizzas a ir ao forno mesmo à frente dos nossos olhos, bem boas.

Ponto negativo: o facto das miúdas serem tão aventureiras que andaram descalças e ficaram com farpas (lá foram elas ao posto de saúde, lá no hotel) e o facto da Isabel ter esfolado o rabo todo a descer de uma árvore (lá foi ela ao posto de saúde). Querem mais aventura? :) 

Alguém me perguntava como será em Agosto, mas eu não tenho essa experiência. Calculo que haja imensa gente e que se possa tornar um bocadinho mais congestionado. No entanto, aquilo é enorme e se não houver espreguiçadeiras, há relva. A minha cunhada tem ido todos os anos uns dias nessa altura com as filhas e adoram. É uma questão de experimentarem. Aquelas praias ali para aqueles lados são incríveis e a poucos kms (desde Vila Nova de Milfontes a Porto Covo, à Zambujeira do Mar... que zona do país maravilhosa!).




Adorámos. A nossa casinha de madeira era linda. E o facto de terem todas painéis solares e sentirmos que estamos num espaço que respeita mesmo a natureza, deixa-nos mesmo relaxados e descansados. 



Obrigada à minha mãe pela companhia e pelo Dia da Mãe como mãe e como filha. <3 


5.05.2019

Estamos prontíssimas para entrar em vossa casa!

Há uns meses que esta ideia andava a pairar: e se, em vez de nos tentarmos ajudar apenas virtualmente, fossemos mesmo a casa umas das outras? E se... levássemos sopa feita para essa semana? E se... ajudássemos no que fosse preciso? Quem melhor do que as mães para saberem o que outras mães precisam, no pós-parto ou até no final da gravidez?


A Joana Gama manda dizer que está muito agradecida por eu ter posto o meu braço à frente do bícepe dela. É para isso que são as 'migas, Joana ;)




Daí até ao A Mãe É Que Sabe Ajudar foi um pulinho. Connosco levamos uma carrada de produtos para vos ajudar no dia-a-dia e para se sentirem mimadas. Se uma mãe for ajudada já é excelente, mas se conseguirmos alargar isto a mais e mais casas, seria ouro sobre azul. 

Inscrevam-se neste formulário para que vos possamos visitar e ajudar :) Estamos dispostas a arregaçar as mangas e a limpar-vos a casa e esperamos animar-vos, nem que seja com dois dedos de conversa, que bem sabemos que às vezes faz falta em períodos mais solitários... 





Estamos mesmo contentes com este projecto, esperamos que gostem, participem e partilhem com as vossas amigas :) Queremos ir a todo o lado!

P.S. Obrigada à Patrícia Marques pela maquilhagem, estamos gatonas [depois quando nos virem ao vivo não estranhem ahah]

5.01.2019

Gostavam de ter sido (mais) ajudadas?

O pós-parto é uma fase complicada para muita gente. Queremos estar bem, ter forças para fazer tudo e mais alguma coisa, voltar ao nosso corpo, enquanto a nossa mente ainda está aos ziguezagues, há um ou dois ou três filhos para cuidar, roupa com cocó para lavar e mal temos tempo para lavar os dentes. Claro que haverá bebés e bebés, mães e mães... mas, numa casa com poucas ou nenhumas ajudas, é, muitas vezes, difícil dar conta de tudo.


Eu tive a minha avó uma semana em casa - acho - a minha mãe aos fins-de-semana - acho. Não quero ser injusta, mas essa fase da minha vida está um pouco desfocada. Acho que até tive bastante ajuda. Lembro-me de ver a minha avó e a minha mãe a lavarem-me roupinhas da Isabel à mão e a fazerem comida. Não sei quantas vezes nem quanto tempo, mas tenho umas imagens.

Mas durante a semana, sentia-me sozinha às vezes. Quando o David saiu porta fora para ir trabalhar (só teve direito a uma semana em casa), caiu-me tudo. Senti-me uma criança, até. Achei-me incapaz. Mas tudo se compôs. Lembro-me que demorava imenso até sair de casa e de uma vez em que estávamos prontas e ela fez cocó em esguicho (sorry pela imagem gráfica) e me sujou toda. Ou da vez em que eu caí das escadas com ela no ovo (consegui travá-la). Ou de quando comecei a chorar num parque de estacionamento por não estar a conseguir fechar o carrinho e ela estava a berrar no ovo. Lembro-me de às vezes não conseguir comer. De escolher "mal" o tempo em que ela fazia sestas - que eram curtinhas! - e de tudo se encavalitar.


Da segunda filha, tive muito mas muito mais ajuda, ou não estivesse em casa da minha mãe. Foi incrível. O David teve de ir trabalhar também cedo, a minha mãe também trabalhava, mas foi uma ajuda enorme. No entanto, tentava ir buscar a Isabel à escola relativamente cedo, e o dia passava a correr. Mas aproveitei muito essa fase a minha bebé - dormia sestas e tudo. Acho que poder dormir sestas com os nossos bebés devia ser obrigatório. 

Nem toda a gente consegue. E, por isso, foi por todo o caos que pode ser estar na fase final da gravidez (principalmente se se tiver mais filhos já) e o pós-parto que surgiu o A MÃE É QUE SABE AJUDAR.



Eu e a Joana Gama vamos a vossa casa e levamos sopa, limpamos a casa, damos colo ao(s) vosso(s) filho(s) para irem tomar um banho demorado: tudo o que precisarem. 

E ainda levamos presentes: produtos para um ano de banhos da família toda, cosmética e maquilhagem para andarem todas vaidosas, electrodomésticos, uma semana num carro atestado para irem passear, tudo o que precisarem para o desfralde dos bebés... 

Um dia em vossa casa a dar-vos uma ajudinha - é isto que vos propomos! Para isso, só têm de se inscrever aqui e ser a contemplada. Sim?

Gostavam de ser mais ajudadas? Gostavam de ter sido mais ajudadas?


Não tenho saudades de amamentar

É uma das coisas por que eu não esperava. Se tenho saudades de estar grávida, se tenho saudades de ter um bebé pequenino, talvez fosse expectável que tivesse saudades de amamentar. Eu que gostei tanto de o fazer, principalmente na segunda leva. Mas não. Nenhumas. Tenho saudades de ter um bebé coladinho a mim só a fazer aqueles esgares e com aquele cheirinho e aquela pele de seda, mas de amamentar propriamente não.

É como se tivesse tido a sua fase, que foi boa para ambas mas que no fim já me estava a começar a causar uma certa... (como dizer isto sem parecer brusco mas sem falinhas mansas?) aversão. É isto mesmo, vou chamar os bois pelos nomes. Assim que comecei a sentir que aquilo já não estava a ser bom para mim, assim que me começou a causar repulsa, eu que ADORAVA dar de mamar, decidi começar a deixar de fazê-lo, quando ela tinha dois anos e picos: primeiro fiz o desmame nocturno; depois aproveitei uns dias de férias só com o pai para tentar o desmame completo - e assim foi. Contei-vos aqui a minha intenção e aqui o resultado. Assim contado parece que foi algo brusco, mas foi feito com cabeça tronco e membros, com muito coração e calma. Tive sorte. Ela estava preparada e foi muito pacífico e até emocionante, para mim. 

Por isso, ficou tudo muito bem resolvido: para ela e para mim. Foi um percurso muito importante, já que com a primeira filha foi tudo muito atribulado. Teve momentos terríveis até. Outros foram lindos. Aos 9 meses, acabou-se e ficou uma sensação agridoce a pairar. 

Da segunda, teve um princípio um bocadinho difícil, ainda com algumas dores, mas lá demos a volta: Como sobrevivi ao primeiro mês de amamentação ajudou algumas mães e ainda bem.

Agora, se vejo um bebé e se o pego ao colo fico cheia de saudades de ter um ou de voltar a ter as minhas assim pequeninas - nem sei bem - mas não de amamentar. Foi bonito enquanto durou, mas não sinto falta. Está lá. Faz parte da nossa história.


4.26.2019

Tive uma ideia!

Estava eu a fazer a lista dos 20 livros preferidos cá de casa, para 2 e 5 anos (difícil, difícil, mas dei o meu melhor) e lembrei-me de vos desafiar para algo que poderia resultar na escola dos vossos filhos. Caso haja educadoras desse lado, esta ideia também é para vocês.

Já vos contei que tenho um viciozito com livros infantis (e elas pelos vistos também já foram contagiadas) e que uma coisa boa foi ter descoberto que havia biblioteca muito boa perto de casa (procurem nas vossas imediações e se calhar até se vão surpreender!).

A par disso, a escola das miúdas começou há um mês e pouco uma biblioteca! Um projecto muito giro, com alguns livros (um armário), um cartaz ao lado para se escrever o nome da criança e que livro leva: todas as 5as feiras leva para casa e todas as 2as feiras devolve. A par disto, inventaram uns saquinhos de pano - feitos de t-shirts recicladas, pareceu-me, em que das mangas/alças fizeram as asas do saco e amarraram a parte de baixo [imaginem fizeram umas tiras em baixo às quais deram nós]. ADOREI a IDEIA! Não é algo giro a implementar?


Não sei qual a facilidade que as escolas têm em comprar livros, mas imaginem que cada criança levava um livro para oferecer à escola, novo ou em segunda mão, quantas possibilidades não haveria de rodar livros por todas as casas, todas as semanas?



Segundo dados recentes, em 2018 venderam-se apenas 11,7 M de livros, quando em 2009 eram 14,9 M... isto é preocupante! Daí que seja muitíssimo importante estimular-lhes o gosto pela leitura desde pequeninos. É o nosso momento, antes de apagar as luzes e ir dormir, todos os dias. 

O que acham da ideia? Faz sentido? Propunham? 



4.25.2019

As coisas que as minhas filhas me ensinaram

Ser mãe era o meu grande sonho, o meu grande projecto. Mal sabia eu que iria açambarcar quase tudo na minha vida e que um dia teria um trabalho que girava em torno desse sonho. 

Sempre achei que iria conciliar um trabalho, para o qual me formei, com as minhas filhas. Mas, afinal, pelo menos por agora (nunca digo nunca), o meu trabalho é o meu blogue, onde falo sobre as minhas filhas e sobre isto de ser mãe. A ele, junto outros projectos paralelos. Abro portas a inúmeras possibilidades.




#01 Por isso, a primeira coisa que as minhas filhas me ensinaram, mesmo sem querer, foi que não vale a pena fazer grandes planos, que a vida encarrega-se de nos fazer chegar aonde teremos de chegar.

#02 A segunda foi que, afinal, uma pessoa consegue desdobrar-se, reinventar-se, criar as próprias oportunidades. Não é fácil, correr o risco não será possível para todos, mas tenho visto tantos casos de pessoas a criarem empresas e negócios (sai-lhes do pêlo, claro), que acho que o paradigma está a mudar. 

#03 É preciso saber esperar. De nada vale querermos apressar as coisas. Querer que eles durmam sozinhos quando não estão preparados; querer que andem quando ainda não sentem confiança; querer voltar ao nosso corpo antigo quando está tudo ainda, devagarinho, a ir ao sítio; querer recuperar a vida e o desprendimento que tínhamos antes. Calma. 

#04 O coração cresce desmesuradamente. Não há limites para o amor que sentimos pelos nossos filhos. É visceral. Não é nada parecido com qualquer outra coisa que tenhamos sentido. E cresce a cada dia que passa. Está em tudo e em pequenos nadas. Naquele olhar puro, naquela voz de desenho animado a dizer que gostam muito de nós, naquela mão dada durante a noite, quando vêm ter à nossa cama para se sentirem aconchegados e protegidos de um sonho mau. 

#05 Tomar um banho sossegada e em silêncio é dos maiores luxos do mundo. Pensavam que a lista era só fofinha, não? Nem pensar. Aqui há sempre aquele toquezinho de realidade que é para não enjoarmos. Concordam ou não? Ter a casa de banho só para nós sem estarmos a ouvir chamar por nós ou sem assaltarem a retrete quando estamos a fazer o número um sabe ou não como uma massagem?


Ser mãe é tudo aquilo com que sonhei, mas ainda mais intenso ainda. Uma coisa é certa: aprendi imenso e sinto que ainda tenho muito para aprender com as minhas filhas. E vocês? O que já aprenderam desde que foram mães? (E pais, se estiverem por aí!, claro)




4.24.2019

Sou viciada em ter filhos!

Acho que sou viciada em ter filhos. 

Pode parecer incoerente vindo de alguém que só tem duas, mas sabem lá o que eu peno por ter uma cabeça e um corpo que me "pedem" mais. 

É uma luta interior entre um "nem pensar, agora não" com uma vontade assolapada por mais um bebé na família. É uma luta interior entre um "era já que tudo se faz" e um "quero ter mais tempo agora que elas estão a ficar cada vez mais independentes e podemos aproveitar tudo melhor e com mais calma". 

Três é a conta que Deus fez mas Deus não contou com o carro, que tem de ser diferente, com mais uma escola, com as férias que saem mais caras ou com a loucura em que as nossas vidas se tornariam com três. 

Estas confrontações só são boas porque me fazem analisar o que a nossa vida tem de bom, valorizar cada coisinha e deixar-me de projectar coisas. 

Mas digo-vos já que é uma sensação muito estranha de que ainda não estou completa, e, por outro lado, a sensação de que nem mais um bebé iria trazer-me isso. 

Adoro ser mãe e gostava de ser mãe de mais uma pessoa. De aumentar a família e de aprendermos todos uns com os outros lições fantásticas, construir relações para a vida e de rir com mais e mais disparates. Sou muito visual e imagino as conversas à mesa, as viagens de carro, a cama cheia de gente de manhã, os abraços que não acabariam nunca, a paixão assolapada por mais uma pessoa, o crescimento pessoal de todos por contar com mais uma personalidade, mais uma forma de ver o mundo. 



Somos uma família de quatro e somos felizes, sabem? Se por um lado não vejo forma de isto melhorar muito mais, por outro tenho aqui umas hormonas malucas a quererem procriar e trazer ao mundo mais amor. 

É vício? Se calhar é.



4.23.2019

20 livros dos 2 aos 5 anos

Já devem saber da minha predilecção por livros. Não tenho assim grande pancada por mais nada, não perco a cabeça com brinquedos e também já não perco a cabeça com roupa para elas (estou muito mais contida),  mas livros infantis SIM SIM SIM! Ando a melhorar bastante e até já descobrimos que a biblioteca ao pé de casa é fantástica (ah! e a escola das miúdas também já tem: vejam aqui a ideia que eu tive para sugerirem nas vossas!).

Mas se vejo um livro que penso que elas vão gostar, que me vai ajudar a explicar alguma coisa ou que nos vai fazer bem, nem sempre resisto a comprar. É o nosso momento antes de ir dormir, sempre.

Comecei a comprar livros ainda grávida e temos uma biblioteca que "sim, senhor".



Vai daí, se também estão comigo na luta ou se precisam de alguma dica para oferecer num aniversário ou numa data especial, escolhi 5 livros recentes (cá em casa),  de que gostamos muito.


Cuquedo e Um Amor que Mete Medo 

Se já conhecem o Cuquedo, este é a sequela, mas desta vez com romance pelo meio. Uma espécie de “quem quer casar com a Carochinha?” com humor e com sustos. Divertido e muito fácil de entender, acho-o perfeito logo para os 2 anos [a Luísa gosta imenso das repetições e dos sustos], mas com 4 também se torna giro porque o decoram e contam na boa.




A lagartinha muito comilona

Este é bom logo para os 2 anos: além de aprenderem como uma lagartinha nasce de um ovinho e se transforma em borboleta, aprendem os nomes dos alimentos mas também a contar (e depois a borboelta fica com as cores de tudo o que consumiu. Giro, colorido, didático.




Truz Truz

"Truz Truz! Quem é?! É a menina pequenina que tem uma meia rota no pé!" É assim que começa uma lengalenga com muitas personagens diferentes que batem à porta, em diferentes estações do ano, num texto sempre em rima para que eles adivinhem tudo o que aí vem. Escusado será dizer que cá em casa já sabem completar tudo. Ideal a partir dos 2 anos também. [Há outro livro com o mesmo nome que me parece giro giro também, alguém conhece?]




Meninas Pequenas, Grandes Sonhos: 
Frida Kahlo
Este tem entrada directa no meu coração, já que a Frida é uma das minhas personagens históricas preferidas (desde que vi o filme que fiquei absolutamente rendida). A Isabel ficou fascinada com a história dela que, apesar de algo violenta, tem esperança, tem poder, tem luta. Adoramos. Este é a apontar mais ali para os 4, 5, 6 anos (se bem que a Luísa ouve e não se queixa ahah). Fiquei super curiosa com a restante coleção. Women power!




Há um tigre no Jardim
É só maravilhoso. Quando a avó lhe diz que viu um tigre no jardim, a Nora acha que está demasiado crescida para acreditar nessas tontices. Afinal, toda a gente sabe que os tigres vivem na selva e não em jardins! Até pode haver libelinhas do tamanho de pássaros, plantas que tentam comer girafas de peluche, ou um urso-polar que gosta de pescar… Mas a Nora continua a ter a certeza, certezinha, de que é impossível existir um tigre no jardim… Ou será que existe mesmo?" Óptima forma de lhes mostrar que, nos momentos "aborrecidos" e de tédio basta usar a imaginação, que tudo é possível!





Não sou rabugento!
Este foi comprado um bocado ao acaso mas revelou-se uma história bem gira. O que é isso de ser rabugento? E será que quem é "rabugento" não terá razões para isso? O que estará por detrás do "mau feitio"? Óptima forma de lhes ensinar que não devemos rotular os outros e que há bons corações por detrás das capas. Sobre a amizade e a falta que isso nos faz. Entre os 3 e os 5. 




O Livro Zangado, O Livro com Sono, O Livro com Medo

Se tivesse de eleger o que mais as ajuda a lidar com as emoções, esta trilogia ficava em primeiro lugar, empatado com O Monstro das Cores. A literacia emocional para mim é das coisas mais importantes de todas e se trabalharmos bem o reconhecimento das emoções estamos a treinar a empatia, o amor-próprio e a ajudá-los até na auto-regulação. Estes são logo para os 2 anos e ajudam-nos a encontrar técnicas para se acalmarem nas birras, a deixar de ter medo antes de dormir, a acalmarem-se antes de adormecer, etc. 



O Monstro das Cores vai à Escola

E por falar em O Monstro das Cores - talvez o meu preferido de todos -, há um novo para ajudar os miúdos na entrada numa nova escola: "O Monstro das Cores está um bocadinho nervoso. Hoje é o seu primeiro dia de escola e não faz ideia do que isso seja. Não tenhas medo, Monstro! Esperam-te muitas aventuras e muitos novos amigos." Talvez o tema muito específico, mas não deixa de ser giro para todos - diria que 5, 6 anos seja o ideal.



A Ovelha que Chocou um Ovo
Esta é a história de uma ovelha muito vaidosa da sua lã, mas depois de ser tosquiada perde a suavidade e fica um autêntico ninho de ratos. Só que isso até lhe trouxe vantagens: amigos que surgem de forma inesperada. Bonita lição: mais vale grandes amizades do que um cabelo perfeito. Dos 2/3 anos aos 5 anos à vontadinha.



A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça

Este é para rir, puro entretenimento. Muito divertido e dá logo para os 2 anos, claro, que é quando eles entram nesta fase mais escatológica, mas tem interesse até bem mais tarde. O livro tem mais de 30 anos mas só agora entrou nas nossas vidas. vale pena. Então a toupeira percorre o campo todo à procura de quem lhe teria feito aquele bonito serviço na cabeça: se a pomba, se o cavalo, se a lebre e por aí fora, imaginem...





Sozinho em Casa e E.T.

Que saudosismo que estes livros me trouxeram, Deus meu! Estes são claramente daqueles que nos dão um prazer enorme em contar-lhes porque trazem muito da nossa infância com eles.

Adoro tudo: apesar de adaptados (imaginem, o senhor velhote que limpava a neve e aterrorizava a criança no Sozinho em Casa aparece de outra forma na história - e ainda bem), estão uma delícia! As ilustrações são muito giras e as histórias são aquelas que já conhecemos. A partir dos 4 anos, funcionam muito bem.



Adivinhas Coloridas

Não sei se os vossos se interessam por adivinhas, provérbios e lengalengas mas a Isabel começou a gostar muito já para o fim dos quatro anos. Destes três que lhe ofereceram nos anos, o preferido é o das adivinhas - tem de acertar nos animais, alimentos, pelas descrições (normalmente em rima). Não esperava que tivesse tanto sucesso, mas ainda ontem foi o livro que escolheu antes de ir dormir. Este é, na minha opinião, para putos a partir dos 5 anos.




Bem-Vindos ao Nosso Mundo
E, por fim, um livro que é mais uma enciclopédia mas que não deixa de ser maravilhoso. Desde comidas, animais de estimação e brincadeiras, passando por saudações, roupas ou chapéus, há tantas maneiras de dizer e fazer as coisas no mundo inteiro. O problema deste livro é ser impossível chegar ao fim, por isso NUNCA o leio antes de ir dormir (ou então negoceio muito bem que são só 3 páginas). Desde que começámos a viajar para outros países (e desde que tem colegas do Brasil, por exemplo), que a Isabel tem muita curiosidade em saber palavras e costumes do mundo inteiro. Tem muito interesse em saber as bandeiras também [se souberem de um livro ou jogo sobre bandeiras, digam - que ela ia adorar e eu bem preciso ahah]. 



Espero que tenham gostado, que vos seja útil e partilhem também os vossos livros e as histórias que mais os cativam! 


4.22.2019

Agora sim: começaram as férias!!! [Quem é pai saberá do que falo]

Agora sim, aqueles segundos no carro, depois de os deixarmos sabem a pato. Começamos com borboletas na barriga, palpitações e lágrimas espreitam de emoção. Até nos esquecemos de mudar a música deles, que continua a dar na rádio mais uns quantos minutos. 

Agora sim, qualquer pouso de trabalho, qualquer conversa de corredor, qualquer almoço requentado numa qualquer imitação de tupperware nos saberá a férias, mesmo que não tenhamos luz natural nas próximas horas...

Agora sim, conseguimos respirar fundo, comer sem termos de nos levantar 4 vezes para ir buscar mais água ou apanhar coisas do chão ou gerir uma qualquer birra por qualquer coisinha que seja.

Aiiii começaram as férias! 

Essa Páscoa, já passou, não foi? :)



4.18.2019

Mãe e filha num spa? Que boa ideia!

No dia de aniversário da Isabel, fomos os quatro para um hotel e fomos recebidos desta forma:








Sinceramente, fiquei comovida com tanto detalhe e com o ar de surpresa da Isabel com tantos balões e bolinhos, a somar ao orgulho de quem fazia 5 anos (cinco!!!) naquele dia. 

Estávamos todos radiantes e aproveitámos cada segundo naquele hotel fantástico, mas também demos um passeio por Lisboa (sabem aquela sensação de sermos turistas por cá?), no qual incluímos uma ida ao teatro Nacional D. Maria para ver o "Mau, Mau, Lobo Mau": muito giro!

Mas bem, um dos nossos momentos preferidos foi mesmo o Spa para a mãe e para a filha (também há para pai e para filhos): The Spa





Já tinha visto o post da Joana Gama sobre isto e desde então que fiquei cativada. Foi ainda melhor do que pensei. Primeiro, estivemos só as duas num jacuzzi enorme cheio de espuma do The Spa do Corinthia Hotel Lisbon, sem pensar em mais nada, a conversar, a apanhar os patinhos de borracha, a relaxar e a sentir a pele uma da outra - que coisa boa, a sério. Depois disso, veio a hora da massagem e eu ia espreitando para ver como a Isabel ia estando: a cara dela, nem imaginam. Ia adormecendo. Quando saímos de lá trazia uma das pedras e contava-me tudo. Experiência mais que aprovada e a repetir.

Este hotel é mesmo, mesmo dos melhorzinhos onde já estivemos (e o SPA o segundo maior da Europa). A zona da piscina é agradável e com bastante luz natural, o pequeno-almoço tem uma vista sobre Lisboa que permite ver até bem para lá da ponte (e que pequeno-almoço!) e um dos restaurantes, o Erva, é muitíssimo bom e bonito. No fim do jantar, a surpresa das surpresas: o bolo da Vaiana, pelo qual ninguém esperava. Acho que a mãe estava mais emocionada do que a filha. 



Muito amorosas por todas as razões mas ainda mais com estes fatos de banho (são da Miau Mia)




No Erva

Ai que delícia!

Colinho à aniversariante

A vista do pequeno-almoço!

Isto não se faz! (Pequeno-almoço)

Mnhammmmm (pequeno-almoço)

Faz agora um mês que lá estivemos e ficará bem guardado na nossa memória o dia fantástico que lá passámos. Mesmo que não pernoitem, a experiência do SPA é qualquer coisa. E o restaurante também (ah! peçam um cocktail!).