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8.28.2017

As birras da Irene

A Irene faz birras. São sempre razoáveis. A Irene tem três anos. 
As birras da Irene são porque quer algo e não consegue ou não tem ou não dá. 
As birras da Irene são adoráveis porque é a maneira infantil e bonita que tem de dizer que quer muito, ao ponto de (ainda) não se conseguir controlar.
A Irene tem 3 anos, a Irene não se censura. 
Irene tem sono, a Irene tem vontade de comer, a Irene fica entediada, a Irene não compreende as razões dos adultos. 

A mãe vê, a mãe explica, a mãe abraça, a mãe ajuda. 
A Irene acalma, a Irene (às vezes) percebe, a Irene espera, a Irene consegue. 




A mãe da Irene faz birras. Raramente são razoáveis. A mãe da Irene tem 30 anos.
As birras da mãe da Irene são porque quer algo e não consegue ou não tem ou não dá.
As birras da mãe são totós porque é uma maneira infantil e impaciente que tem de dizer que quer muito algo e (ainda) não se saber controlar. 

A mãe da Irene tem 30 anos, a mãe da Irene (ainda) vai crescendo. 
A mãe acalma, a mãe percebe, a mãe espera, a mãe consegue. 

A Irene também é as birras. 
A mãe da Irene também. 

3 anos, 30. 

Reconhecer, compreender, aceitar ou mudar. 
Amar. 
Incondicionalmente.



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8.24.2017

Maternidade Low-Cost.

Coisas que, três anos depois, não teria comprado e teria poupado imenso dinheiro: 

- Brinquedos de plástico

São datados, são irritantes e não ficam bem em lado algum. Prefiro comprar ou instrumentos musicais (tem muitos) ou brinquedos de madeira de maior duração e cuja utilidade vai mudando consoante o desenvolvimento dela. 

- Peluches

Para quê tantos? A maior parte não fui eu a comprar, mas já reparei que eles escolhem um ou dois e os outros são só "malta". 



- Pratos infantis

Que parvoíce, como é que caímos nesta? Who cares o tipo de prato? Além de que eles, ao comerem nos nossos pratos até ganham uma noção de consciência e responsabilidade diferente (claro que não lhes daríamos os pratos tão cedo para as mãos, só quando estivessem preparados).

- Milhares de copos de plástico assim e assado. 

A bebés que bebem de um copo, sem mariquices. Será que não dá para passar de um para o outro ou usando as palhinhas, simplesmente? Desconfio que um próximo não terá acesso a 88 maneiras de beber água por garrafas diferentes. 



- 48 talheres

Sejamos honestos, pomos a loiça a lavar ou lavamos a loiça com alguma frequência. Não precisamos de ter talhares como se deixassemos de ter água em casa durante semanas. 

- Esterilizador de biberões

No meu caso praticamente não usei biberões, mas também reparei que a fase de esterilização passa rápido e que não é necessário um mono lá em casa. 

- Demasiada roupa

Fazendo as contas à quantidade de vezes por semana que se lava e passa roupa, só precisamos de x número de conjuntos que, se alternarmos, darão um dobro. A Irene tem roupa demais para cada estação, mas vai deixar de ter, muahah. 

- Chuchas

Apesar da Irene não ter usado chuchas, chegou a uma altura que tenha 342. E, que saiba, eles têm uma ou duas que gostam (se não tiverem tantas alternativas devem conformar-se mais facilmente, digo) 



- Muitos sapatos

Apostar nos neutros e para estilos variados! A Irene precisa de um par de ténis, umas botas, uns sapatos mais betos, umas sandálias e uns chinelos. Porque é que parece ter tantos sapatos como eu (mesmo sabendo que o pé dela cresce e vai tudo a abrir não tarda!). 

- Berço

Nunca teria comprado o berço, teria passado imediatamente para o colchão no chão no quarto dela. Sem berços para não me enervar. É uma mini-jaula tanto para nós como para eles. E quando temos que os por no berço depois de duas horas a embalar? Não havendo berço.... mais fácil ;)

- Trocador

Se se planear bema  mobília, qualquer cómoda poderá fazer de trocador com algo fofinho para por o bebé por cima. Simples. 



- Mala do bebé

Compramos uma mala maravilhosa para arrumar tudo em todo o lado mas, na verdade, qualquer mochila serviria para o mesmo. Criativamente até poderíamos ter criado compartimentos com saquinhos, caixas o que for. 

- Cadeira de alimentação XPTO

Que parvoíce. Nem vos digo quanto custou a nossa cadeira de alimentação, quando as do Ikea servem perfeitamente... e custam 1/1000000 dos euros além de lhes termos menos amor e deles poderem brincar à vontade com menos avisos. 

- Livros de Puericultura

Andei a ler porcarias imenso tempo e a comprar demasiados livros muito cocós até chegar aos melhores. Podia ter tido uma mãe amiga que me soubesse guiar, mas não tive. Tempo e dinheiro perdido. 



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8.23.2017

"Porque é que a casa da mãe já não é a casa do pai e da Necas?"

Foi hoje. 

Desde que nos decidimos separar até hoje não pensei muito mais nas dúvidas que a Irene pudesse ter. Naquela primeira semana explicámos que ela iria ter duas casas: a da mãe e a do pai e que ambas eram dela também. 


Foi pacífico. 


Fomos aconselhados (e bem) a explicar as coisas só dentro daquilo que ela perguntasse. Tenho-me apercebido que é realmente a melhor técnica. Apesar deles só perceberem o que são capazes de perceber, escusamos de tornar isso mais difícil e confuso.

Hoje, quando saímos de casa para a ir levar à casa do pai, ela perguntou "era ali onde íamos passar as duas e dizíamos adeus ao pai que ia à janela". 

Respondi que sim e com um sorriso, surpreendida por ela se lembrar e também para retirar qualquer conotação triste que pudesse ter (que não tem, minimamente). Naqueles 30 segundos de silêncio para mim - que, na realidade, devem ter sido uns 2 na vída real - veio a pergunta: 

"Porque é que a casa da mãe já não é a casa do pai e da Necas?"

Tinha já uma resposta longa ensaiada, mas editei-me. Por ela. Eu conheço-a, sei o que a cabeça dela já organiza e o que ainda é complexo e sei que tanto o conceito de namoro, amor e de final de relação não interessa muito. O que lhe interessaria? Que ambos a amamos, mas que houve uma mudança. 

Disse-lhe: "Porque agora somos só amigos, filha". 

E calei-me. Eu que tenho a tendência para aprofundar tudo, para explicar tudo o melhor que posso, tive de pensar nela (eu cá me vou resolvendo, não preciso destes momentos com a Irene para me organizar). 

8.22.2017

Quero ser a Daenerys Targaryen!

As haters cabritas que estejam quietinhas com os spoilers que ainda tenho mais de metade do episódio de ontem para ver. Vá, sosseguem esses úteros marotos. 

Não consigo ver a Game of Thrones em paz, sem que a minha cabeça não se atreva a massacrar-me com pensamentos bastante possíveis - not.

Depois de ter papado todas as temporadas até aqui, todas elas com maior atenção do que aquela que dou, por exemplo, à minha pedicure, acho que já estou em posição de dizer que quero ser a Daenerys Targaryen e não por um motivo, mas por vários: 


- Pode estar perto daquele rapazinho que é o Jon Snow

Isto foi quando lhe disse tudo aquilo que tínhamos em atraso para tratar os dois. 

Digo isto porque ele tem ar de ser interessante. Parece ser alguém para ter muito perto. Mesmo muito perto. Mesmo mesmo muito muito perto. Mesmo, mesmo... Ela bem quer que ele se ajoelhe. Ele é que acha que é para ela ser a rainha dele, mas não. Ela sabe o que quer e como já ouviu dizer "You know nothing, Jon Snow", quer-lhe ensinar umas coisinhas giras. 

-  Em vez de ter bebés, teve dragões

Sabe pouco. Viram algum dragão com fralda? Viram? Algum a pedir mama? Incomodado por ter que arrotar? A dizer que não quer sopa? Pronto. 

- Fez sweet love com o Khal Drogo



Estava sujinho? Estava, mas não tinha bicho. Quer dizer, acabou por ter que acho que morreu com uma doença qualquer, não foi? Foi, porém, com uma ferida de batalha... Valentão que andou à lutinha e ficou com dói-dói. A mãe dá beijinho, dá... 

- É a não-queimada

Vocês têm a noção do jeito que isso daria para tirar coisas do forno? Ou para não fazer a figura de estúpida que fiz na semana passada quando pus óleo bronzeador na barriga e me tinha esquecido que ainda estava branca nos meus lindos abs por só ter usado fato-de-banho este ano? Khalessi ratolas. Pode estar ali de papo para o ar na boa enquanto o Inverno não chega sem se preocupar com que tipo de factor se besuntar. 

- Anda num dragão

Pode já não fazer amor há alguns episódios, mas ninguém me diz que andar em cima de um dragão não terá os seus encantos. O Lanister disse-lhe para ela não ir que podia falecer e o que é que ela fez? Foi na mesma! Não podia era dizer: "ah, tu és a mão da rainha, mas como não somos íntimos ao ponto de me poderes tratar de outros assuntos, uso o meu dragão de surra!".

- Dracarys!

Hoje esmifrei o forno até mais não a fazer pescada com batatas e vegetais para a Irene, banana assada e vegetais para mim. Era só um Dracaryzito como quem não quer a coisa e aquilo ficava tudo pronto e sem radiações. Sinto que os dragões não estão a ser aproveitados como deve ser.

- É sexy só com as axilas de fora



Brincamos ou quê? A Daenerys sabe que não abundam gilettes por ali e, por isso, pensou: mais vale escolher aqui umas roupas que me escondam as pernas e como tenho de andar de dragões e ainda não vi ninguém com soutiens, vou pô-las aqui bem apertadinhas. Não sei como fará para rapar as axilas, mas talvez tenha sempre os braços para baixo que era o que eu fazia quando ainda não tinha tido coragem para pedir à minha mãe para me comprar uma e usava a dela ocasionalmente às escondidas. 

- Não tem de fazer raízes!!

Não sei como é que a Shakira lida com isto, mas ela está claramente numa posição de vantagem. É óbvio que não é tão loira assim, mas não há cá raízes para ninguém. 

- Fala Valeriano

Parece-me uma excelente opção sempre que quiséssemos mandar alguém fazer algo à quinta pata de algum mamífero de grande ou médio porte. 

- Está apta para instagram por causa das trancinhas-mete-nojo

Não sei se é a Missandei que lhe faz aquilo (ela tem que fazer qq coisa já que o Verme poderá não ser muito produtivo muahah), mas temos aqui uma instagrammer in the making. Não tarda já está a aceitar coisas da Forever 21 e a usar o #ootd que me partiu a cabeça toda durante meses por não saber o que era até que me lembrei de ir ao Google e é: outfit of the day. 

É só isto. 

Obrigada. 

Boa noite. 


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8.20.2017

Nunca pensei que fosse assim!

Estou a ficar irreconhecível, ahah. Não me alongo muito mais no texto e vão perceber porquê quando clicarem no vídeo :)



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8.17.2017

Cabeça de gorda.

"Segunda-feira é que é.". 

Segunda-feira

Pequeno-almoço: Panquecas de banana e aveia. Bebida de amêndoa feita no domingo para começar tudo em ordem. 

Almoço: 
Uma cenoura, um ovo cozido e muita água.

Lanche: 
Um queijinho e uns morangos. 

Jantar: 
Sopa

Ceia: 
Dois litros de gelados do Santini e três donuts. 


"Ah, hoje nem correu mal, foi só à noite, mas para começar não faz mal"


Terça-Feira

"Ontem fiz asneira, hoje tenho que me portar bem".

Pequeno-almoço: Copo de água com gotinhas de limão.

Almoço: McDonalds

"É só hoje, para me despedir"

Lanche: Ucal

"Podia ter comido uma torrada e um bolo de arroz e não comi, por isso, até me portei bem". 

Jantar:
Sopa

Ceia:
Uma fatia de fiambre de perú fumado. 

Quarta-Feira
"Hoje vou ao ginásio que alimentação sem exercício físico..."

Pequeno-almoço: 
Panquecas de banana e aveia.

Treino

"Também não tenho de começar já a sério... começo devagarinho..."

Pós treino: 
Caixa de Kinder Surpresa em barrinhas na bomba de gasolina. 

"Porque eu mereço" .

Almoço: 
Lasanha
Mousse de chocolate

"Foi só hoje, nunca há disto aqui no refeitório da empresa"

"Segunda-feira é que é". 

... 

QUE NERVOS! 


8.14.2017

E se deixarmos de ser tontas?

Cada vez mais adoro mulheres. 

Houve  alturas na minha vida em que me tornei territorial, em que olhava para as mulheres (miúdas na altura) magras como se a magreza delas me engordasse. Como se elas tivessem a culpa de que eu não gostasse de mim. Como se houvesse um tabuleiro de corpos e elas tivessem conseguido os melhores primeiro e eu, que cheguei mais tarde - ou porque tropecei numa mama - fiquei com a ralé. 

Quem mais que não as mulheres para nos perceberem melhor sem nos acharem malucas? 

Não falo de todas as mulheres, porque há mulheres que destilam ódio gratuitamente em blogs (tanto a fazer posts - eu já fui assim  - como a comentar), há mulheres que não respeitam os seus filhos, há mulheres que... 

No entanto, se fôssemos em busca da nossa alma gémea, de alguém que nos compreenda e que sinta as mesmas coisas que nós, que fale a nossa mesmíssima língua, bem mais provável que a encontrássemos numa mulher, digo eu. Daí sermos tão afeiçoadas às nossas melhores amigas. 

As nossas melhores amigas que cumprem o papel de serem uma sombra nossa. Que não nos largam mesmo quando estão longe. Que, mesmo num silêncio de semanas, sabemos que basta 1 segundo para tudo ser "como sempre". Não tenho irmãs, mas calculo que o sentimento seja semelhante. 

Faz-me confusão como é que nós (estou mesmo incluída), na fase em que mais precisamos de sentir que nem tudo está errado, que não estamos malucas, que não estamos a falhar muito, que não somos piores que outras, temos a tendência para nos separarmos e dividirmos. 

Bem sei que estamos inseguras e que precisamos de muita força para acreditar nas nossas escolhas para as conseguirmos levar avante. Estamos cansadas e estamos "na berlinda", com a missão mais importante das nossas vidas em mãos: fazer com que o nosso filho, além de sobreviver, seja feliz. 

Porque é que acham que os blogs de maternidade têm tanto sucesso (também)? Algumas mães gostam de ver nos seus blogs espelhada alguma perfeição, podendo dizer a si mesmas que é tudo fabuloso porque nas fotos parece. Quem lê (estou a generalizar, claro), sente que é por ali o caminho e acha que ao comprar aquelas camisolas ou aqueles brinquedos, tirando talvez aquelas fotografias que a felicidade poderá estar ali. 

Ninguém usa ninguém ou toda a gente usa toda a gente. É uma relação. Há muitos motivos para se escrever, para se fotografar (além de blogs que já dêem dinheiro - ai também é uma motivação, posso garantir) e há imensos motivos para ler, para comprar. 

Hoje em dia, quando compramos coisas, é porque achamos que nos trazem algo mais que utilidade. Aquela camisola faz-me sentir bonita, aqueles cereais vão ficar bem nas fotografias, isto vai fazer com que sinta que faço parte do grupo de pessoas que usa estes ténis... Estamos a comprar pensos rápidos para a tristeza, solidão, insegurança... 

Ficamos focadas naquelas que parecem tão felizes mas que, se calhar, ou adormecem dormentes por não quererem pensar em nada para o mundo não desabar ou  adormecem a pensar que mentem para si mesmas e para o mundo e se sentem ainda mais negras por isso. 

E se, em vez de tudo isto, deste frenesi todo (no qual estou incluída, claro), tentássemos calar a urgência e investíssemos no que está por baixo das roupas e dos colares e dos vestidos? E se começássemos a querer coisas substanciais  em vez de mais uma camisola que durante 3 ou 4 vezes nos deixa com moca de "coisa nova", mas que rapidamente passa a ser mais uma? 

Creio que o segredo poderá estar na nossa união. Se nos passarmos a ver umas às outras. Se baixarmos o nosso imediatismo e olharmos para o outro (neste caso, a outra) como gostaríamos de sermos vistas: com atenção e carinho.

Se déssemos verdadeira atenção uns aos outros, não estaríamos tão sedentos dela e não seríamos tão histéricos nas redes sociais, na roupa, nas compras, nos saldos... 

Longe de mim querer dizer que isso está errado. Mais uma vez digo que faço parte desse carrossel e que tenho tentado abrandar ou, pelo menos, desconstruir o que se passa.

O que quero dizer é que todas procuramos colo, todas choramos (umas mais caladas que outras) e precisamos de alguém que nos dê atenção - até nós mesmas - e tudo seria mais saudável e mais bonito e mais verdadeiro se procurássemos isso nas nossas mulheres, por exemplo.

Na nossa mãe. 
Nas nossas avós.
Nas nossas primas. 
Nas nossas amigas.
Nas "nossas pessoas"

Quem mais compreende a angústia ou as vitórias de uma mãe que outra mãe? 

Somos feitas do mesmo. Queremos o mesmo, talvez por caminhos diferentes. 

Só isso.

E, como me tem dito uma amiga  - de formas bem mais encantadoras - "é  na diferença que está a riqueza". 

Vamos deixar de ser tontas? 


8.10.2017

Há mais de 6 anos que não passava férias com a minha família.

E só depois de cá estar me apercebi do importante que é. Independentemente de termos cada um de nós as suas visões diferentes da mesma coisa, personalidades muito diferentes, compensações mais próximas ou não - seja lá o que for que eu queira dizer com isto - nada se compara à felicidade de pertencer ao nosso grupo, à nossa matilha. 

Depois de 6 anos mais afastada (ou muito mais, nem sei), isto é, em que não vi ninguém de pijama nem ninguém me viu a mim, sabe muito bem voltar a acordar "em casa", apesar de estarmos em Tróia, num hotel. 

Giro estarmos todos à mesa de novo, mas com uma pessoa nova: a Irene, a minha filha, a neta da minha mãe, a "netasta" do meu padrasto, a sobrinha do meu irmão. O meu irmão que foi a primeira pessoa a ensinar-me o que é amor incondicional. 

Reais como as mulheres dos anúncios daqueles cremes, mas nossos. É esta a minha família e parte da família da Irene. É um quentinho no coração saber que a Irene está rodeada de tanta gente que a vai ver crescer e que a ama profundamente. 










Algumas notas: 

- O rapaz das fotografias é o meu irmão Pedro ;) Tem 20 anos, acalmem-se. 

- Nem me dou ao trabalho de cozinhar por ter ido buscar refeições completas e biológicas para a Irene à BebéGourmet.

- O colar da Irene é da Goda Store.


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8.08.2017

Vai haver um curso Montessori!!!!

Estou que nem posso com tamanha felicidade e por vários motivos. Um deles é por ser muito adepta de Montessori. Parece-me fazer tudo muito sentido. Outra é que vejo as coisas a mexer e, por isso, serão cada vez mais crianças, mais cedo, a tomar partido disso. Gostaria que se estendesse também à primária  - acho eu. 

Vai haver um curso Montessori e, por isso, falei com quem falou comigo para vos contar da novidade, com todo o coração. 


Apresento-vos (novamente para as mais atentas) a Verina Fernandes: 

Nos últimos anos, tem vindo a crescer o número de estabelecimentos de ensino a adoptar modelos pedagógicos que divergem do método educativo convencional, descaracterizado e expositivo. E é fácil perceber porquê, até porque muitos destes projectos educativos foram criados por grupos de pais, interessados em mudar o rumo da educação dos seus filhos.
Os pais querem que os seus filhos absorvam e compreendam o mundo; que explorem e investiguem pelas próprias mãos; que desenvolvam as suas capacidades e talentos naturais. Um único modelo não pode servir para todos, porque não somos todos iguais (na forma física e psíquica).
É aqui que o movimento Montessori (bastante activo e prolífico em todo o mundo, há mais de 100 anos) vem trazer uma abordagem que permite proporcionar o ambiente adequado e os materiais mais interessantes e úteis para que a criança se desenvolva por esforço próprio, no seu ritmo e seguindo seus interesses. A criança cresce por motivação e não por imposição.
As crianças montessorianas questionam, são interessadas e não se conformam com facilidade, sem que isso signifique que se tornam insurrectas ou impertinentes. A pedagogia Montessori está estruturada para que a cordialidade, a partilha e a cooperação sejam assimiladas naturalmente.
Felizmente, são já muitos os seguidores portugueses desta abordagem pedagógica, daí que fez todo o sentido criar a Associação Portuguesa Montessori (APM).
A APM é uma associação sem fins lucrativos que visa criar uma rede de contacto e de cooperação entre pessoas, escolas, grupos e projectos com o interesse comum da pedagogia montessoriana. E é com todo o orgulho que anuncia, pela primeira vez em Portugal, o primeiro curso certificado internacionalmente:
De 18 a 29 de Setembro de 2017
Porto

É uma oportunidade única receber todo o conhecimento de Guadalupe Borbolla, com 30 anos de experiência no âmbito da educação Montessori e uma presença recorrente em conferências internacionais. Tem, inclusivamente, participado na formação de Guias Montessori em vários países do mundo.

A APM tem todo o gosto em receber a Guadalupe e convida todos a participar desta formação pioneira.

Obrigada, Verina!!

Let's go!!! Malta do Porto, façam o favour de se inscrever para que isto haja também em Lisboa, sff. 

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O que me foi calhar na rifa...

Juro que dei o meu melhor para a vestir de forma assexuada (a não ser um lacinho) durante a maior parte do tempo até aqui, mas a bimbalhice arranja sempre forma de vir à superfície e agora não foi excepção. Cá está ela: a Irene que adora "côderósacumbilhantex".

Já tínhamos comprado alguns vernizes específicos para criança, mas ainda não tínhamos chegado a este extremo: ao supra-sumo da... unha frita?

É toda uma esteticista ao domicílio (ahah, tenho de experimentar esse serviço que por aí andam que é de uma ex-colega minha e que terá para sempre a pressão de ter as unhas em condições) que a deixou louca. Ontem veio cá a prima Patrícia e foi o dia perfeito para voltar a usar (desta vez em cima de um tabuleiro que não me apanham outra vez noutra ;)).

Esta é Irene. Tem duas taguagens e adora "totós gigantes" e unhas cor de rosa com brilhantes. 

Lá está, escolheu o verniz cor-de-rosa.


E ficou com este sorriso.

Ficou sem ele quando viu a determinação da prima a usar um palito para ficar bem feito. 

O verniz roxo sabe que nunca irá ser usado pela bimbalhona da Necas que só quer cor-de-rosa.


Altura de por os brilhantes antes que o verniz seque!


Estão a perceber o "em cima do tabuleiro"? 

Secar as unhas no secador. 

E está pronta para entrar num videoclip da Katy Perry.

Temos o dia do cabeleireiro e da manicure cá em casa. Ontem foi o dia da prima esteticista (a Irene adora-a) e mais oportunidades haverá, sempre com um tabuleiro ou "lá fora" :)




☼☼☼☼☼
Brinquedo - Crazy Chic - Nail Art Studio - Clementoni 


Uma publicação partilhada por Joana Gama (@joanagama) a

É bom sentir este quentinho quando sabemos que as pessoas favoritas dos nossos filhos são família. Obrigada pela visita, prima!

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8.06.2017

Eu queria ser anorética.

Nunca escreveria este título de ânimo leve. Imagino a dor que represente não só para quem sofra de anorexia como para todos os que rodeiam essa pessoa e respectiva impossibilidade de ajudar ou de até compreender. 

Porém, era verdade. Lidei sempre mal com o meu corpo. Nunca gostei dele. Havia coisas que gostava em mim que, quando lúcida, conseguia vê-las, mas o normal era detestar-me. Não conseguia, contudo, parar de comer. Queria ser magra, queria ser mais loira, queria ser mais ou menos, mas não tinha grandes hipóteses. 

Recordo-me de ter passado vários dias num verão a protelar a comida o máximo que podia, a fazer o máximo de exercício físico que podia, a deitar fora as sandes que fazia para comer na praia, mas rapidamente fui posta nos eixos pela minha mãe. Isso não fez com que o ódio desaparecesse. Tentei vomitar o que comia das maneiras mais clássicas, tentei tudo. 

Odeio tanto a minha barriga há tantos anos que houve uma fase em que adormecia com um cinto apertado na barriga para me lembrar de a encolher enquanto dormia - pensando eu que um dia ficaria com a barriga perfeita assim - já que não conseguia "sequer" (palavra-chave aqui) deixar de comer. 

Sei que como emocionalmente. Sei que 90% das vezes em que como não tenho fome. Sei que como da mesma maneira que puxava do cigarro quando saía de casa às 8h da manhã para ir para a escola ou quando entrava no carro para ir para o trabalho. Não tenho grande controlo nisso. Ando a tentar. De dentro para fora. Faço terapia e acredito que ao pôr em ordem as minhas ideias, conseguirei lidar com todas estas questões e outras com mais calma. 

Até lá tenho criado as minhas ferramentas. Tenho dado o meu melhor para não me pôr em dietas porque sei que facilmente posso ficar demasiado rígida comigo própria e evito pesar-me. Não quero que a compulsão de me pesar diariamente me faça entrar num jogo de culpa e gratificação que, mais uma vez, vai espelhar-se na péssima relação que tenho com a comida. 

Além de que sei que o PESO não é o que interessa. Temos de parar com esta cultura de "perdi x quilos" e de nos informarmos mais um bocadinho - atenção que quem vos diz isto é alguém que, se se pesasse e tivesse perdido 10kgs ficaria imensamente feliz, mas estou a tentar ser racional. O peso pode ser água, músculo, órgãos, ossos e gordura. Interessa-nos perder massa gorda e não o resto. Se aumentamos de peso quando fazemos desporto é porque estamos a ganhar músculo (ou a comer mais porque achamos que o ginásio nos faz emagrecer). Para perder gordura (e não peso) o segredo está nas escolhas alimentares e não na quantidade de desporto - isso garanto-vos, senão eu estaria já tesudona com os treinos que tenho feito. 

Temos de nos concentrar no que interessa: sermos felizes. Vá, mas depois disso, vamos concentrar-mo-nos na GORDURA e não no PESO. 

Até já desenrasquei uma balança que me dá esse dado para tentar ignorar os kgs que pouco ou nada significam (estou satisfeita com ela- vejam aqui). 

O meu mindset é ser mais saudável. Comer melhor. Viver um estilo de vida mais saudável, mas é claro que gostaria de emagrecer (perder volume, gordura) um pouco. Por isso, escolhas saudáveis e nada de olhar para os kgs como se fossem uma espécie de tribunal em que nos dizem se somos uma merda ou se merecemos emagrecer. 

Não podemos criar uma relação pouco saudável, destrutiva connosco. É o clássico "se não gostar de mim", sim, mas...  é pior que isso. É: se não gostar de mim, não gostarei de mim. 

Estou a dar tudo o que tenho e tenho muita sorte em poder ter uma excelente equipa (#omelhorptdomundo e a Nitricionista) comigo. Acho que 2018 vai ser o ano. Depois engordo em 2019 para celebrar, haha. 

Dica: não ponhamos balanças na casa de banho das nossas filhas. 

Eu a encolher a barriga a 6 de Agosto de 2017. 



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